26/02/2013 11h17
- Atualizado em
26/02/2013 11h32
CT do campeão olímpico Ricardo é saqueado e tem prejuízo de R$ 7 mil
Bolas de vôlei de praia foram roubadas do centro localizado na orla de João Pessoa. Equipamentos eram usados no treinos dos atletas Sub-21
A base do vôlei de praia paraibano sofreu um baque na manhã desta
terça-feira, quando 30 bolas profissionais e uma série de outros
equipamentos foram furtados do Centro de Treinamento Ricardo Santos, que
funciona na Praia de Cabo Branco, em João Pessoa. No local treinam
nomes de peso do esporte, como o campeão olímpico Ricardo (que dá nome
ao CT), além de outros atletas com participação em Olimpíadas, como
Jorge e Renatão, paraibanos naturalizados georgianos.
Homens ainda não identificados usaram um pé de cabra para quebrar as
correntes de uma espécie de “poço” construído na praia justamente para
guardar os equipamentos, junto ao Centro de Treinamento. Eles levaram
todo o material durante a madrugada e provocaram um prejuízo de mais de
R$ 7 mil.
Trinta bolas foram roubadas ao todo do CT de Ricardo (Foto: Walter Paparazzo / Globoesporte.com/pb)
O primeiro a chegar ao local e a perceber o problema foi o atleta
Roosevelt Pereira. Ele explicou que viu o local violado logo quando
chegou e que rapidamente percebeu que tudo tinha sido levado.
O campeão olímpico Ricardo Santos, dono de três medalhas olímpicas e um
dos mais completos atletas da modalidade no Brasil, lamentou o
incidente e disse que o prejuízo é maior do que se pensa a princípio.
Ricardo lamenta violência na orla e diz que roubo é
ruim para a base do vôlei de praia paraibano
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
ruim para a base do vôlei de praia paraibano
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
- As minhas bolas, usadas no treinamento profissional, ficam sempre
comigo. Levo para casa todos os dias e dormem em segurança. As bolas
roubadas eram usadas nas escolinhas e nos treinamentos dos atletas do
Sub-17, Sub-19 e Sub-21. Isto acaba por provocar uma pausa, mesmo que
mínima, porque agora precisaremos repor todo o equipamento – lamenta.
Ricardo é baiano, mas mora em João Pessoa há mais de 15 anos e já
declarou em várias oportunidades que se considera pessoense e paraibano
de coração. Ele trabalha pelo desenvolvimento do vôlei de praia da
Paraíba e reclamou da insegurança na orla da capital.
O jogador diz que foram roubadas bolas das marcas Mikasa e Pênalti (16
da primeira e 14 da segunda) que eram usadas respectivamente pelos
atletas da base (Sub-17 a sub-21) que já participam de competições
nacionais e pelos atletas das escolinhas.
- As bolas Mikasa, que são as mesmas usadas no Circuito Mundial, são
vendidas em Euro e em Dólar e chegam ao Brasil custando bem mais do que
R$ 200. Já as bolas Pênalti são mais baratas, mas o prejuízo foi enorme.
Ele disse ainda que esta “triste notícia” para o vôlei de praia chega
apenas dois dias depois da Paraíba conquistar o título da primeira etapa
do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia Sub-19. O filho de Ricardo,
Pedro Santos, ao lado do também paraibano George, venceram a etapa de
João Pessoa do circuito.
- É uma nova geração de atletas, que tem talento, mas que sofre com este tipo de incidente.
Atleta Roosevelt Pereira confere o que foi roubado do CT (Foto: Walter Paparazzo / Globoesporte.com/pb)
Fechando o cerco
O diretor do Departamento de Vôlei de Praia da Federação Paraibana de
Vôlei, Giovanni Marques, foi outro que lamentou o ocorrido, disse que
não tem pistas dos responsáveis, mas ponderou que agora é a hora de
fechar o cerco aos assaltantes. Ele disse que a Federação já entrou em
contato com os outros cinco centros de treinamento de vôlei de praia
existentes na cidade e que a recomendação é denunciar quem chegar
tentando vender bolas da modalidade.
- Quem quer que seja o ladrão, ele vai ter muitas dificuldades em
vender o produto do roubo. Porque são equipamentos muito específicos e
se ele tentar ganhar dinheiro com isto será pego – declarou.
Em paralelo a isto, ele disse que os outros centros de treinamento vão
emprestar bolas para o CT de Ricardo para que a base não pare de
treinar.
- Temos competições nacionais pela frente e os treinos não podem parar – finalizou